A segurança no campo é essencial para garantir o bem-estar dos trabalhadores e a produtividade das atividades agrícolas. O EPI agrícola (Equipamento de Proteção Individual) é um dos principais aliados da segurança, pois protege o produtor rural contra potenciais riscos físicos, químicos e biológicos presentes naturalmente nas diferentes etapas do trabalho na lavoura.
Mais do que uma exigência legal, o uso de equipamentos de proteção para trabalhadores rurais é uma prática indispensável para preservar a saúde e evitar acidentes.
A seguir, conheça os principais tipos de EPI agrícola, suas funções e como utilizá-los corretamente conforme a NR 31 (Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura).
EPI agrícola de uso geral
Os EPIs agrícolas de uso geral são utilizados em praticamente todas as atividades do campo, desde o preparo do solo até a colheita. Eles garantem proteção básica contra agentes físicos e mecânicos.
Confira os principais:
- Óculos de segurança: protegem os olhos contra poeira, partículas, respingos e produtos químicos. Devem ser ajustados ao rosto e mantidos limpos para garantir boa visibilidade.
- Luvas de segurança: evitam cortes, arranhões, queimaduras e contato direto com substâncias nocivas. O modelo ideal depende da atividade — podem ser de borracha, couro ou material sintético.
- Calçado de segurança: essencial para evitar escorregões e impactos. Deve ter solado antiderrapante e reforço na ponta, especialmente em locais com risco de queda de objetos.
- Máscara contra poeira: indicada para proteger as vias respiratórias durante o manuseio de grãos, fertilizantes e outros produtos que liberam partículas no ar.
- Boné árabe com aba: protege o rosto, o pescoço e as orelhas da radiação solar, reduzindo o risco de insolação e queimaduras.
EPI para aplicação de defensivos agrícolas
A aplicação de defensivos é uma das atividades que mais exige atenção à segurança. O contato com produtos químicos pode causar intoxicações e irritações, por isso o uso correto dos EPIs é indispensável.
Veja os principais tipos de EPI para atividades agrícolas nessa etapa:
- Avental resistente a solventes: oferece proteção adicional na parte frontal do corpo, especialmente ao preparar misturas de defensivos.
- Máscara ou viseira facial integrada ao respirador: protege o rosto contra respingos e vapores. O respirador deve ser ajustado e testado antes do uso para garantir vedação adequada.
- Respirador específico: evita a inalação de gases e vapores tóxicos. Cada tipo de filtro é indicado para diferentes produtos químicos — verifique a especificação do fabricante.
- Luvas impermeáveis de segurança: evitam o contato das mãos com defensivos líquidos ou em pó. Devem ser resistentes a solventes e lavadas após o uso.
- Bota de segurança de borracha cano longo: protege os pés e pernas de respingos de defensivos e produtos químicos. É importante verificar se o material é antiderrapante.
- Boné árabe: continua sendo importante para proteção solar, especialmente em atividades realizadas a céu aberto.
- Macacão completo: impede o contato da pele com defensivos. O ideal é usar modelos impermeáveis e com fechamento em zíper.
Na Loja Cocamar, trabalhadores encontram o Macacão E.P.I Tratorizado com ziper, indicado para proteger o operador em trabalhos com trator. Ele é crucial mesmo em modelos com cabine, pois o risco de contaminação persiste (por meio do ar condicionado) e em momentos de manuseio fora da cabine.
EPI agrícola para situações de risco
Algumas operações agrícolas apresentam riscos adicionais, como quedas, ruídos intensos ou impactos. Nesses casos, o uso de EPIs específicos é obrigatório para garantir a segurança do trabalhador.
- Capacete: protege a cabeça contra quedas de objetos e impactos. Deve ser ajustado de forma firme e substituído quando apresentar rachaduras ou danos.
- Protetor auricular: indicado para atividades com alto nível de ruído, como operação de tratores e colheitadeiras. Reduz o risco de perda auditiva.
- Cinturão de segurança: utilizado em trabalhos em altura, como manutenção de silos ou estruturas. Deve estar devidamente preso e inspecionado antes de cada uso.
O uso de EPIs agrícolas é obrigatório segundo a legislação brasileira
O uso de EPI agrícola é previsto pela legislação brasileira, especialmente pela NR 31 e pelo Decreto Lei nº 4.074/2002, que regulamenta as normas de segurança na agricultura.
Essas normas determinam que o empregador deve fornecer os EPIs adequados e garantir que os trabalhadores recebam treinamento sobre seu uso correto, conservação e substituição. Já o trabalhador é responsável por utilizá-los de maneira adequada e comunicar qualquer dano ou irregularidade.
O cumprimento dessas regras é essencial para evitar acidentes, intoxicações e doenças ocupacionais no campo.
Como garantir a eficácia da proteção?
Para que o EPI agrícola realmente cumpra sua função, é necessário seguir alguns cuidados:
- Escolher o equipamento conforme o tipo de atividade e o risco envolvido.
- Verificar se o produto possui Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho.
- Ajustar corretamente o EPI ao corpo do trabalhador.
- Realizar inspeções periódicas e substituir itens danificados.
- Seguir as orientações do fabricante quanto ao uso e manutenção.
Essas medidas garantem maior segurança e prolongam a durabilidade dos equipamentos.
Boas práticas de conservação dos equipamentos de proteção individuais
A durabilidade dos equipamentos de proteção para trabalhadores rurais depende diretamente dos cuidados adotados no dia a dia. Veja algumas boas práticas:
- Lavar os EPIs após cada uso, conforme instruções do fabricante.
- Guardá-los em local limpo, seco e protegido do sol.
- Evitar emprestar ou compartilhar os equipamentos entre trabalhadores.
- Substituir itens desgastados ou vencidos.
- Manter um registro de controle e substituição dos EPIs.
Seguindo essas orientações, o produtor rural garante não apenas a própria segurança, mas também o cumprimento das normas de segurança agrícola.

O EPI agrícola é indispensável para quem trabalha no campo. Ele protege o trabalhador, previne acidentes e assegura o cumprimento da NR 31 e do Decreto Lei nº 4.074/2002.
Investir em equipamentos de qualidade e na conscientização do uso correto é a melhor forma de garantir um ambiente de trabalho seguro e produtivo.
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